sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Não aguento mais

Não consigo. Não aguento. Estou farta.

Não sou isenta, não sou razoável, não sou nada de nada.

Estou apenas imensamente farta da voz, da argumentação, do(s) medo(s), da falta de amor, da agressividade, de tudo, tudo, tudo.

Tenho falta de fazer amor. Uma falta imensa e enorme.

De dormir com um homem. De conversar. De rir. De namorar.

E não ter nada de bom e aturar merdas constantes, não dá!

Eu não consigo mais!

terça-feira, 9 de junho de 2015

Estou mudada

quer queira, quer não queira há que admitir
estou mudada
não foi de repente, nem foi por querer, mas foi
e é
ainda adoro bebés, mas não quero tomar conta de todos (fixe!)
não tenho paciência para merdas!
quero curtir os meus filhos, muito mais que tomar conta deles
até é bom, pois é
mas não tá fácil...

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Saudades

Tenho saudades de ter esperança, algumas certezas, uma casa para ir.

Não aguento mais isto, a divisão, a competição. Os horários na cozinha, os meus dias, os teus dias. As críticas, a ideologia - a carne é uma droga, a televisão é uma droga, os tablets a quinta essência do inferno.

Preciso de paz. Preciso parar de fugir. Estabelecer uma relação com a Sara. Sempre, ou uns dias por semana, uma relação verdadeira, sem medo do Pedro. Medo. É isto. Tenho medo. Da irracionalidade, das explosões, da maldade.

Hoje calei-me, para não pôr lenha na discussão. Deixei-o disparatar. A um louco não se dá conversa.

Mas fiquei tão enervada que chorei, chorei. A Sara a consolar-me: Pronto, mamã, já passou. Tem 4 anos a Sara.

It's time to move on.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Uma viagem que quase termina

Tem sido uma viagem, um processo, eu sei lá.

Tem sido difícil, tem sido exigente, às vezes tem sido quase impossível.~

Tem sido uma viagem dentro de mim, aquela parte que é invisível e só se solta às vezes. Nesses momentos, tem sido revelador.

Do que sou, do que faço melhor. E do que quase me pára, o medo, a exigência, o desejo de uma sinfonia perfeita.

Todos os dias alguns passos, um plano que se adapta e reconstroi. É isso.

Estou a falar da tese, que lá seguiu para o orientador. Podia ser outra coisa qualquer, mas por agora escolhi esta.

Ufff.......

domingo, 17 de maio de 2015

Não sou teu marido

Vivo aqui, agarro-te, quero fazer sexo assim e assado, até fazemos sexo às vezes, mas....nada de te queixares. Não sou teu marido, não há regras, não há compromissos, não há nada. Só um esqueleto rezingão, mal humorado e exigente.

E é isto a minha vida. O tempo a correr, o trabalho para acabar a tese, muito, e de repente, ao Domingo de manhã, estas pérolas.

Calei-me. Não tenho nada a dizer. Não és, de facto, meu marido.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

às vezes

Não tenho mesmo mais dinheiro nenhum - as contas estavam feitas, mas a EMEL ou o supermercado ou os inquilinos que nunca pagam todos a horas, ou isto ou aqueloutro e, de repente, às vezes nem para almoçar, nem para dar ao Diogo...e faço contas à vida....e de repente uma transferência, respiro, avanço, mas fico cansada, sem fôlego.

Agora, às vezes, tenho falta ar, como na gravidez da Sara. Cansa-me, isto. Cansa-me isto tudo.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Anatomia de Grey

Ontem deitei-me tarde, tardíssimo, para ver os dois últimos episódio da dita. E ficam duas observações:

* Mataram o Derek!!!! Mas como é que isso é possível? E como vamos nós viver sem ele!!???
Havia pelo menos um amor para sonhar, um homem mesmo à medida de uma mulher.

* Antes de conseguir ficar sosegada (perto da uma e meia da manhã), trabalhei até às 21h; comprei/fiz o jantar; arrumei a cozinha; chatei-me com o P.; tentei adormecer a Sara; adormeci a Sara; zangamo-nos outra vez; fizemos as pazes...e, finalmente, carreguei no play.

Deitei-me às 3h30m da manhã, mas se calhar valeu a pena......

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O mundo

Ando pasmada com o mundo. Ando pasmada com a beleza, a imensidão, a riqueza, a abundância. ando pasmada e quero passear, passear, passear. Quero descobrir o que anda por aí. Quem anda por aí.

Quero curtir os meus filhos, aproveitar bem a Sara antes que cresca.

Quero um jardinzito, quero flores na janela e a minha alegria de volta.

Vou acabar "este negócio" e vou abrir asas para a vida, afastar as sombras, amar, amar-me, amar a minha casa, amar, amar, amar

Onde não puderes amar, não te demores (aprendido de uma amiga no dia em que se divorciou)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Altos e baixos e baixinhos e altitos

é isto, Lisboa, Londres, Lisboa

a primeira vez que não consegui nem de perto nem de longe cumprir um prazo num grupo

as vezes todas que chego atrasada

o tempo que demoro a fazer as coisas

acordar a meio da noite todas as noites algumas vezes

a tese que não avança

a culpa, a culpa que cresce, cresce, cresce

a raiva de mim pel'a incompetência

raios parta!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Tão verdade! : "Ser feliz agora é mais importante que ser feliz para sempre"!!!!

Vou ver se consigo ensinar isto à Sara, não as palavras, mas a verdade profunda. Vou ver se ela não anda por aí a viver infeliz cada dia à espera de ser "feliz para sempre", como nos livros e nos filmes.

Ver se ela se escapa, até vou ver se eu ainda vou a tempo de escapar-me!

"Ser feliz agora é mais importante que ser feliz para sempre"!!!! Ahhh pois é!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

a única certeza é que a vida abalará todas as tuas certezas

«a única certeza é que a vida abalará todas as tuas certezas.

a única certeza é que o dia nasce, a terra gira e o sol se põe.

a única certeza é que farás uma grande viagem, a viagem da tua vida, a viagem pela tua vida.

a única certeza é que terás dúvidas todos os dias, várias vezes ao dia, dias a fio, sobre muitas coisas,

eventualmente, com o passar do tempo, sobre todas as coisas.

a única certeza é o momento em que acreditas que é para sempre.

essa é a tua certeza, a certeza absoluta mais bonita e redonda do universo, perfeita.

as certezas são círculos que trazem no seu interior sentimentos, momentos, pessoas.

e chegam assim, límpidas, transparentes, como bolas de sabão.

não as tentes agarrar, guarda-as na retina do teu coração.

nunca mais em momento algum terás tanto a certeza de que estás certa. 

a única certeza é que quando tiveres a certeza, vais saber.» 

Já em 2011 Socrates estava "fugido"

https://www.youtube.com/watch?v=8fynmprL4gU

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Amor

Estou aqui onde estou mais tranquila, onde rio, aceito e sou aceite....estou no trabalho. Sou feliz nesta parcela da minha vida. Nem sempre foi assim. Arrisquei, fui a jogo, ganhei vida e amigos e alegria e até dinheiro.

E, enquanto gargalhava por ai, olhei bem nos olhos deles e percebi que queremos o mesmo. Sim, isso. Mas sobretudo que nos vejam, que nos aceitem, que nos amem....incondicionalemente.

Que nos amem pelo que somos, pela nossa coragem, pela nossa parcela de loucura, pelas feridas, pela fúria, pela centelha de genialidade. Sim, isso.

E, de repente, agorinha, compreendi que não há mal ser no trabalho. É bom haver um sítio onde não temos medo. Seja lá onde for.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

domingo, 12 de abril de 2015

E é isto

Domingo à tarde, aqui estou a fingir que trabalho na tese. Estou aqui e na verdade quase parece que não teria um lugar melhor para ir. Estou sozinha. O Diogo com o pai. A Sara com o pai. Chorou. Anda numa ansiedade - pergunta ao pai, pergunta-me: à noite estás cá? Vai ouvindo que sim.

Mas a mim parece-me que está quase a ouvir não. É uma chatice, a separação é uma chatice. Uma tristeza só, uma canseira.

Mas estou farta de viver sozinha e com P. ao mesmo tempo. Estou farta de "amigas" ("é normal uma pessoa ter amigos"), de evasivas, de massagens. Estou, sobretudo, farta de estar sozinha e ainda ouvir bocas - da hora que chego, do que comemos, da casa de banho que está ocupada.

E trato da roupa, e trato da loiça.

Não percebo onde falhei, não percebo como cheguei aqui, a este velho cliché da "mulher-empregada de limpeza", da "casa-hotel", onde sua excelência faz o que bem entende e eu não faço nada de jeito e ando para aqui sozinha. E ainda telefona a dizer que quer ser meu amigo - ora essa, podia ser meu amigo agora!

Ahhhh, mas isto vai mudar, isto agora só pode mesmo melhorar.

Escrever aqui é uma espécie de compromisso comigo. Um memo para não voltar atrás.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Ser adolescente

Ou mais propriamente ser mãe de um adolescente.

Gosta tanto dele! É que gosto mesmo.

Em primeiro lugar, tenho dúvidas. Tantas, tantas dúvidas que nem sei que fazer com elas.

Ele nunca quer vir comigo. E o que é mais certo? Deixá-lo ficar lá por casa ou obrigá-lo? Vou alternando. Temos regras (que ele questiona). Vamos indo caso a caso. Às vezes erro, às vezes acerto. na maior parte das vezes não faço a mínima ideia se agi certo ou errado.

O mesmo para as respostas tortas.

Fico contente com as coisas maravilhosas que ele tem - o sentido de responsabilidade, a pontualidade, o cuidado com o dinheiro. Alguma coisa fiz bem.

Fico abismada com a ligação ao tlm. Mas que raio se passa aqui?!?

E, sobretudo, fico estonteada com a velocidade a que tudo acontece. É uma montanha russa.

De resto, prognósticos só no fim do jogo.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

HAPPY!!!!

Absolutely....Happy, so exited I cannot work: Maybe I found a solution, maybe I'll finally have a house in Lisbon!

HAPPY!!!!

terça-feira, 7 de abril de 2015

Ser mãe.....

....e estar cansada e esgotada e não ter apoio quase nenhum é....do caraças!

Ser mãe da minha filhota de quatro anos nesta condição é-me difícil, quase todos os dias perco as estribeiras! É o choro, o choro, o choro....

Ohhhh, valha-me Deus! Eu não consigo lidar com isto e depois fico carregadinha de culpa e ela....bem disposta....(ao menos isso!)

Acho que se eu tivesse apoio, nutrição emocional, amor de alguma espécie além destes filhotes, a coisa seria mais fácil. Mas terá que se ir fazendo assim.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Um dia outra vez, talvez...

Vou sentir umas mãos que tremem na minha anca. A respiração, os suspiros.

Tenho saudades, umas saudades danadas de um sexo bom, sem reflexões, sem pensamentos, sem dúvidas, sem medos.

Sim, P., sexo contigo antes desta m. deste Tantra do demónio ter invadido a nossa cama! Como é que fostes deixar isto acontecer connosco?

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Hope

Escrevo muito em inglês, gosto da língua, é fácil utilizá-la e ajuda a expressar emoções difíceis, que em português ficam pesadas.

Hope é assim como o início da esperança, um raio de luz na alvorada, mas ainda não o amanhecer. E é assim que me sinto hoje. Para já, comecei a minha tese (a passar as ideias para o ficheiro) e estou muito grata pelo meu trabalho, pelos meus colegas. É bom trabalhar num sítio onde me deixam pensar, me dão tempo para refletir e ainda me agradecem (às vezes).

Fora da estrada é também isto - tirar o foco do que julgavamos ser o nosso caminho para percorrer outros caminhos.

E amanhã vou ao cinema com a Sara - vamos ver, está claro! a Cinderela....

All the best!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Sair da estrada

Sim, não era nada disto que eu tinha planeado.
Não queria estar aos 43 anos com 2 filhos e sozinha, tão sozinha, que é como se já me tivesse divorciado 2 vezes ou um milhão delas.
Eu casei na igreja, de vestido branco, com o véu da minha mãe. Chorei. Choramos todos. Acabou.
Depois não casei. É pena, porque se perdeu a festa, mas ainda bem porque ficou mais barato e agora é mais fácil. Mas é igual, é dolorido, é tão mau, tão fora da estrada, que agora só pode melhorar.

Mas ontem percebi, quando me arrastava com a Sara, os sacos do Pingo Doce e um cansaço nos pés que nem podia, enquanto o meu "companheiro" trocava massagens sensoriais com outra ou outras. Ontem, percebi que eu não me vou separar. Eu já ando a viver separada há demasiado tempo.....

E fiquei triste, tão triste que a miuda de 4 anos perguntou porquê.

Se não dá pela estrada, então vamos pela terra batida, que se subam montes e se galguem encostas, mas não posso, não posso mesmo, ficar aqui sozinha na beira da estrada com as maõs cheias de sacos de compras.